terça-feira, 22 de janeiro de 2013

eu não sei dizer o que quer dizer o que vou dizer


Meu temperamento é light, não sou cristão nem ateu (o cara mais underground que eu conheço é o diabo, mas ele não é tão feio assim como se pinta), minha tribo sou eu. Eu apareço, do tornozelo ao pescoço, tenho approach, mas não tenho filho nem cachorro. Evito salão de beleza, isso é mais estranho que o cu da gia! Não tenho dinheiro pra pagar a minha yoga e eu sou puro, puro rock’n roll.
Bença mãe? deixa eu voltar pra ilha, montado na onça (tá chei de gringo lá), ou pro parque de juraci, deixa eu colher lírio! Eu vou pegar um aeroplano! Ou me leve, de ultraleve. Posso até pegar um trem, de Teresina à São Luis do Maranhão!
Solidão não cura com aspirina. Se você me quer, me queira, mas nenhum beijo de novela me faz chorar; apenas me deixe te trazer num dengo pra num cafuné fazer os meus apelos. Posso te dar um céu cheio de estrelas feitas com caneta bic num papel de pão, se você não rasgar os poemas que eu te dou. Eu quero ser o seu mal, mas sei que podia ser seu bem. Se tudo passa, como se explica: como é que a alma entra nessa história? afinal o amor é tão carnal… Eu também vou fazer canções de amor pra vender, vamos viver do comércio barato de poemas de amor? Impossível, até o amor viajou!
Se nada permanece inalterado até o fim, quem ficará, quem foi? Só um filme na tevê, um corpo no sofá, chorando veneno, bebendo café pequeno. Disseram que o que liberta é também prisão, a cultura é um sabão, eu despedi o meu patrão, calmaí, meu coração! Me dê a mão, vamos sair pra ver o sol!

Eu amo você, José de Ribamar, mas não sei o que isso quer dizer.

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